As personagens femininas de Alencar.
O livro Til é um romance que
retrata o século XIX, onde podemos encontrar grande reverencia nacionalista,
uma das grandes características de Jose de Alencar, e do Romantismo. O cenário escolhido é do interior de São
Paulo e conta uma historia de tema universal, que é a luta do bem contra o mal.
Uma historia sobre as classes sociais rurais, e centros urbanos, separando os
proprietários de terras, escravos e pessoas humildes.
Falaremos
das personagens femininas dessa história, são elas, Besita, Zana, Nhá
Tudinha, Dona Ermelinda, Linda
e a nossa personagem principal Berta.
Besita é a
mãe biológica de Berta, era uma moça humilde, considerada a mais bela da cidade
que foi alvo da paixão de dois homens, Luís Galvão e Jão Fera, mais que acaba
se casando com um terceiro o Sr. Ribeiro, logo após seu casamento é enganada, e
acaba grávida de Luís Galvão, depois do nascimento de Berta, é assassinada por
seu marido logo após ele descobrir sua traição.
Zana era
mucama de Besita, e sabe os segredos de família, inclusive sabe que Berta é
filha de Luís Galvão, mais a serviçal enlouquece depois de presenciar o
assassinato de sua Senhora.
Berta acaba sendo criada
pela mãe biológica de Miguel, Nhá Tudinha é viúva, é acaba por perder grande
parte de seus bens devido a uma má colheita, uma mulher cujas características
físicas se mistura entre feminino e masculino, ela e a personificação de
antítese, anjo-demônio.
Dona
Ermelinda um pessoa gananciosa, que teve uma educação
europeia e digna de uma dama de sua época e gosta de controlar tudo a sua
volta, ela é esposa de Luís Galvão,
mais não conhece o passado do marido, é uma mulher que não segue os costumes do
interior paulista, vive nos moldes europeus e sua falta de simpatia a encaixa
no perfil da senhora típica dos livros de Alencar.
Linda é
filha de Luís Galvão, irmã de Afonso, e amiga de Berta, tem uma personalidade
dócil, ela é uma menina educada nos moldes da sociedade da época, mas ela não
faz distinção de classe social e é amigável com todos, é a personagem responsável pelo romance que é
contado na história, ela é apaixonada por Miguel e com a ajuda de Berta está
paixão acontece.
As
personagens seculares são importantes na história, mas o romance está
totalmente focado na personagem principal, todas as histórias estão em torno de
Berta.
Nesta
obra Berta é a típica heroína romântica, bondosa, feminina, pobre e que busca
sempre ajudar o outro mesmo que para isso tenha que se sacrificar. Berta apesar
de ser decidida e corajosa sempre foi protegida por Jão que representa a figura
paterna em sua vida. No final da narrativa Berta tem a oportunidade de morar
com seu legitimo pai, o Fazendeiro Luis Galvão, porém Berta nega o convite e
continua com sua humilde vida na fazenda onde mora.
No
capitulo III da obra, Alencar faz uma descrição de Berta, físicamente sabemos
que ela é uma moça de estatura pequena, magra, com vestimentas simples de
origem humildade, porém há uma personificação feminina na figura de Berta já
que ela também é uma mulher muito bonita. Contudo, nesse mesmo capítulo o autor deixa claro que há uma antítese
na construção da fígura de Berta, ao mesmo tempo em que ele a descreve com uma
graciosidade feminina ela também é retratada com uma coragem e personalidade
muito forte, o que não era comum no retrato das mulheres da época. “Busquem nela a graça da moça e encontrarão
o estouvamento do menino.” Pg.6
No
sec XIX a mulher era vista com um ser frágil e não tinha voz nem diretos na
sociedade ou em sua casa, as obras de Alencar de maneira sutil retratam esse
pensamento, mesmo que suas personagens femininas sejam sempre heroínas no final
percebemos que o autor nos da como que uma lição, e a mulher volta a ser um
individuo sem direitos, é perceptivel que na obra há certo contraste entre as
personagens, já que Berta é a típica heróina, as personagens secundárias, representam a fragilidade feminina, temos
como exemplo Besita que é assassinada pelo marido, Zana que fica enlouquecida,
Nhá tudinha que representa a dona de casa que sempre está realizando seus afazeres
domésticos, enquanto Dona Ermelinda e Linda representam a educação baseada no
molde das épocas.
Bibliografia
ALENCAR, José de. TIL. 2. ed. São Paulo:
Melhoramentos. 6 p. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000142.pdf>. Acesso
em: 30 ago. 2017.
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