A fala sempre teve um papel
importante em todas as sociedades, pois antes mesmo de saber escrever ou conjugar
verbos, o individuo já possui essa capacidade. Com base nesse fato, cada pessoa
individualmente pode determinar seu modo de fala, mas essa fala sempre estará
baseada na língua materna daquela sociedade em que o indivíduo vive, ela surge
através de pessoas do nosso convívio social, e com ela surgem costumes em nossa
cultura, que nos ajuda a construir nosso modo de ser e de ver. Cada língua é
determinada em uma espécie de acordo entre a sociedade, sendo assim, nenhuma
pessoa, individualmente, pode modifica-la.
Cada
língua é um tipo especial de linguagem (artes, símbolos de transito, gestos e
qualquer tipo de comunicação consideram-se como linguagem), e ela trabalha com
um tipo especial de signo, denominado signo linguístico. Para SAUSSURE o signo
linguístico tem duas dimensões, a dimensão do SIGNIFICANTE e a dimensão do
SIGNIFICADO. A dimensão do significante refere-se à forma da palavra escrita e
à imagem acústica, já a dimensão de significado refere-se ao conceito da
palavra.
Para
sintetizar essa relação, temos o significante “VACA”, em primeira vista ocorre
elemento acústico em nossa mente ou em nossos ouvidos se pronunciarmos em voz
alta, juntamente com a forma escrita da palavra; já o significado, dependeria
da associação que o individuo faz entre o significante e ao objeto no mundo,
poderia ser entendida como “A FÊMEA DO BOI”. Se formos um pouco além nessa
relação, podemos encontrar palavras com significados inteiramente iguais, mas
com significantes totalmente opostos. Vejamos que em outras culturas, como a
Inglesa, neste mesmo caso, mantendo o significado, já não teríamos o mesmo
significante:
O
significante seria “COW”, enquanto o significado continuaria a ser “A FÊMEA DO
BOI”.
Seguindo
a visão de SAUSSURE, o signo linguístico difere-se de cultura para cultura, mas
mantendo bastante semelhança de sonoridade em diversas palavras, podendo ou não,
manter a mesma relação de significado. Com base nas culturas que utiliza a língua
inglesa (Americano) e portuguesa (Brasileiro) podemos observar essas
semelhanças, e fazer associações de uma língua com a outra, podendo assim,
observar que nem tudo é o que parece ser.
SIGNIFICANTE
INGLÊS
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CAR
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CAFETERIA
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SIGNIFICANTE PORTUGUÊS (semelhante/idêntico)
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CARRO
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CAFETERIA
|
SIGNIFICADO
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Ambos
possuem o mesmo significado=
“Veículo de rodas para locomoção de pessoas ou cargas”.
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Em
inglês seria refeitório, bandejão, cantina ≠ em português seria local
público especializado em servir cafés.
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Nesta
linha, nosso objeto de estudo são os falsos cognatos, palavras que em Inglês
tem os significantes muito semelhantes a palavras em português, dando ao
receptor a impressão de conhecer seu significado, quando na verdade os
significados, na maioria de suas vezes, nem se relacionam.
SIGNIFICANTE INGLÊS
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AVOCADO
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ALMS
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PARENT
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MAYOR
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SIGNIFICANTE PORTUGUÊS (semelhante)
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ADVOGADO
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ALMA
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PARENTE
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MAIOR
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SIGNIFICADO
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Em
inglês seria abacate ≠ Em
português seria profissional
graduado em Direito; órgão auxiliar da Justiça.
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Em
inglês seria esmola ≠ Em português
seria o espírito presente no corpo.
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Em
inglês seria pais (mãe e pai) ≠ Em
português seria pessoa ligada à
outra por laços sanguíneos.
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Em
inglês seria prefeito ≠ Em
português seria um adjetivo.
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Por fim, observamos a importância em
estudar a identificação dos significados e significantes entre português e
inglês, e até mesmo outras línguas, para assim compreender que nem tudo o que
se vê, é de fato aquilo que se pensa, nos mostrando que os falsos cognatos
estão sempre presentes, e que esse tipo de análise auxilia pessoas em fase
inicial de aprendizagem de outra língua.
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Com base nas explicações, encontre no jornal New York Times, e em letras de músicas dos Beatles, falsos cognatos, listando-os e comparando o significante em inglês com o semelhante em português, e apontando seus significados, para assim verificar a relação entre eles.
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Com base nas explicações, encontre no jornal New York Times, e em letras de músicas dos Beatles, falsos cognatos, listando-os e comparando o significante em inglês com o semelhante em português, e apontando seus significados, para assim verificar a relação entre eles.
Referência
Bibliográfica:
[FIORIN, J.L “Teoria dos
Signos” In: Fiorin, J. L Introdução à Linguística: Introdução à Linguística: I.
Objetos teóricos. São Paulo: Contexto, 2011.]
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